Impacto da nova Taxa Verde sobre a importação de carros híbridos
Quer saber qual será o impacto da nova Taxa Verde sobre a importação de carros híbridos? Então, descubra neste artigo!
O impacto da nova Taxa Verde sobre a importação de carros híbridos já é visível no mercado automotivo brasileiro. Quer saber mais? Então, confira neste artigo os efeitos práticos da nova taxa sobre o mercado de híbridos e o que esperar para os próximos anos.
Como funciona a nova Taxa Verde?
A recente retomada das tarifas de importação para veículos eletrificados (a chamada “Taxa Verde”) está redesenhando o mercado automotivo brasileiro.
Carros híbridos convencionais, híbridos plug-in e elétricos passaram a ser gradualmente taxados desde janeiro de 2024, com alíquotas escalonadas previstas até julho de 2026.
Mais especificamente, o imposto começa com alíquotas iniciais mais baixas, mas prevê aumentos.
Primeiramente, os híbridos convencionais, que tinham tarifa de 12% em janeiro de 2024, passarão a 25% em julho de 2024, 30% em julho de 2025 e chegarão a 35% em julho de 2026.
Por sua vez, as taxas dos híbridos plug-in serão de 12%, 20%, 28% e 35% no mesmo cronograma. Enquanto isso, os elétricos terão 10%, 18%, 25% e 35%.
Até meados de 2026, cotas de importação com isenção serão aplicadas, mas cada vez menores.
Pressão para a indústria nacional: proteção ou risco de inflação?
Montadoras com produção local, como Toyota e Honda, apoiam o ajuste tributário, vendo na Taxa Verde um suporte à indústria interna.
O plano Mobilidade Verde (Mover), financiado por esses tributos, prevê R$ 3,5 bilhões em incentivos para descarbonização da produção brasileira.
Por outro lado, importadores e entidades como ABVE alertam que o aumento abrupto de impostos pode encarecer modelos importados em mais de 30%, penalizando consumidores e desacelerando a transição para veículos eletrificados.
Queda nas importações devido à nova Taxa Verde
O efeito da Taxa Verde já se reflete nos números: entre janeiro e março de 2025, as importações de elétricos e híbridos caíram 51%.
Na prática, o recuo foi de quase 75% para os elétricos e 29% para os híbridos convencionais.
Também vale a pena ressaltar que fabricantes como BYD até anteciparam importações antes dos aumentos, mas o comportamento geral aponta retração drástica.
Como consequência dos preços em ascensão, o mercado paralelo já reage: há maior incentivo à importação clandestina de modelos híbridos, principalmente por agentes que exploram brechas fiscais.
Enquanto isso, o mercado paralelo de revenda de híbridos mantém volumes de veículos que escapam da tributação, embora enfrentem riscos legais, falta de garantia e ausência de assistência técnica.
O que esperar a médio prazo?
A Taxa Verde representa um ponto de inflexão para o mercado de mobilidade eletrificada no Brasil.
Ao fomentar a produção nacional e reduzir importações, ela estimula uma transição mais sustentável, ainda que crie ajustes no bolso do consumidor.
Nesse cenário, a indústria nacional tende a se fortalecer, com nova produção local atraindo montadoras e fomentando emprego.
O desafio será equilibrar a proteção à indústria local com acesso a tecnologias avançadas, sem abrir espaço para importações paralelas ou perda de competitividade.
Ficar atento ao cronograma de alíquotas e às estratégias das montadoras será essencial para quem pretende investir em um híbrido nos próximos dois anos. Afinal, os consumidores terão menos opções disponíveis.
Sendo assim, a saída é escolher entre optar por modelos nacionais ou esperar a estabilização dos preços após os picos tarifários para não sentir no bolso o impacto das mudanças da Taxa Verde.